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Pelas mãos da Juventude



Você sabia que para vivenciarmos o tradicionalismo de forma organizada, oito jovens tiveram que enfrentar os preconceitos e ter orgulho de andar cavalo no centro da capital, Porto Alegre?

Há exatos 70 anos, no dia 05 de setembro de 1947, chegava a Porto Alegre os restos mortais do herói farroupilha Davi Canabarro. Com um ato corajoso, oito jovens, liderados por João Carlos D'Ávila Paixão Côrtes, acompanharam o translado dos restos mortais sob o lombo de seus cavalos, enfrentando toda e qualquer ideia preconceituosa que, naquela época, pairava sobre a figura do gaúcho.

Como isso era possível? Nos anos 40, o estrangeirismo conquistava o coração de todos. A música era country, as roupas eram influenciadas pelo estilo americano e a geração, começava a ser considerada coca-cola. Em contraponto, a cultura sul rio grandense limitava-se as estâncias localizadas na zona rural, sendo campeiro e gaúcho, somente aquele que vivia, de fato, no campo.


A atitude do Grupo dos Oito, como ficou conhecido posteriormente, mudou os rumos da história e fez com que o tradicionalismo, na sua essência xucra, chegasse ao centro de Porto Alegre da forma mais típica. Naquele cinco de setembro, os jovens escolheram carinhosamente todos os acessórios de sua pilcha, pediram emprestados arreios e encilharam seus pingos. Despiram-se de qualquer vaidade e possibilitaram que o amor à cultura gaúcha despertasse no coração de todos que os viram.

Sete décadas depois deste ato, devemos agradecer aos jovens que, naquela época, não se deixaram influenciar pelas opiniões alheias e, muito menos, acomodaram-se aos padrões impostos pela sociedade. Hoje, as escolhas ainda são influenciadas pelas comunidades em que vivemos, porém, cabe a cada um de nós escolher o caminho que queremos seguir.

Oito jovens escolheram o tradicionalismo e, possibilitaram que muitas outras pessoas fizessem o mesmo. Trouxeram aos grandes centros a essência do campeirismo, a fibra e persistência do gaúcho, o orgulho de estar pilchado e, especialmente, a emoção de entoar o Hino Rio Grandense.

Se hoje podemos festejar a cultura gaúcha e ser exemplo para o país e para o mundo, é porque a energia da juventude aliada a busca pela felicidade, possibilitou o nascimento de um dos maiores movimentos sócio-cívicos do mundo. Ainda, possibilitou que o amor pelas tradições tomasse conta de nossos corações!


Que o jovem de hoje busque o exemplo naquele jovem de 1947. Se desfaça de seus preconceitos, vista sua pilcha, valorize os feitos do passado e lute pelos seus ideais. Não seja pequeno diante as maldades do mundo e seja grande perante suas escolhas!

Sejamos jovens tradicionalistas a vida inteira!

05 de Setembro - Dia do Jovem Tradicionalista

(Produzido por Pilchas Basteiro - Cotiporã)

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